Inevitável Caminho do Coração
Uma vida conduzida pela maré, levada ao vento!
Dito de responsabilidade e fé, seguindo o momento,
Cada ato, cada fato, assim é, sem arrependimento,
Mais um ninguém, mas um Zé, só no lamento!
Não é só da coragem que se trata!
Largar tudo e conduzir a fragata!
É algo maior, que a prisão retrata,
De ser escravo da escolha que mata!
E ainda o apego, o sentimento enraizado!
Faz sacrificar-se ainda mais pelo amado,
O rebento, a companhia que esta do lado!
Isso é o que dá alento e deixa amparado!
Firme nos sonhos e idéias, conduzindo assim o Destino,
O tempo nunca foi tão determinante para o Menino,
Que enxerga a Vida como um doce mel e místico Hino,
Um altar repleto de sacramentos e vastos signos!
Sozinho já não é mais, carrega o fruto, a síntese da
Vida,
Por isso a estratégia se faz muito necessária e assumida,
Não é guardar bens materiais, isso é impossível, feridas!
Mas sim o exato momento, do amadurecimento da Vinha!
O que por enquanto, a dor é o treinamento!
Preso observando a infinitude do espaço-tempo!
Nas brilhantes estrelas do firmamento,
Que desenham o Destino nesse confinamento!
E o coração ansioso vibra, sente a divina harmonia!
Canções dançantes, relações pulsantes em sintonia,
Conexão com a Terra que tudo liga e religa!
Fazendo da diversidade a unidade que muito Significa!
Dando sentido para a sublime existência, repleta de interdependência,
Ampliando e re-conectando a Consciência, indo para a
Essência!
A semente germina na audiência dos abutres e suas
indecências!
Ritualizam a verdade, ocultam evidências, mas esta
escrita, em Providência!
E ainda, dizem amar, onde o ocultar é o aniquilar!
Fazem-se vitimar, da mentira a si própria contar,
E os outros quem vão culpar, pela verdade vendida a
recalcar,
Se fosse Amor, não mentiria, libertaria e daria o Sonhar
e o Prosperar!
E que tudo Assim Seja!
Diante da mão que peleja,
Na construção do Destino que almeja,
Onde o sincero abraça e beija!
Aceitar o que semeou é o primeiro dos passos concretos!
Depois, não se vender aos materialistas, os falsos
arquitetos,
Manter a integridade a custo de sangue anunciada em
decreto!
E da Liberdade, da Igualdade nasça a Fraternidade, ao
vivo e direto!
Não precisa ser um profeta para entender,
Que uma hora a semente vai florescer,
Não adianta brigar, o Novo sempre vai nascer!
E tudo que escondeu vai roer depois do chão estremecer!
LRCP