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sexta-feira, 25 de julho de 2014

O centro do universo

O centro do universo

Tudo é muito difícil com a petulância do individualismo,
Que não se pode confundir com individualidade, sem “ismo”.
Laços são feitos por dois motivos, um pelo simples egoísmo,
E outros, muito mais consistentes e transformadores, pelo altruísmo!

A diferença é clara! Os dois buscam interesses, próprios ou comuns!
Mas não são separados, são em equilíbrio dinâmico, mas só para alguns.
Quem radicaliza ao extremo dos opostos, vive dos insensíveis desjejuns,
Fragmentando a unidade da diversidade, desconectando dos outros e mais alguns.

Se colocar no lugar do outro, como dito da compaixão,
A cordialidade é o nicho primordial da cooperação,
Indo além da competição supervalorizada pela razão,
Escutando, com sensibilidade apurada, os apelos do coração!

Mas também, não pode cegar a ação pelo sentimentalismo dos interesses,
Só dizendo amém, dogmaticamente em prol do grupo que te dá benesses,
Injusto com alguém, que não tenha a mesma ‘expressão’ de seus dizeres.
É um Zé Ninguém, que é galinha condicionada sobre a águia de seus poderes!     

De tanta convicção, certeza e verdade, são extremamente moralizantes!
Foram condicionadas, criadas e domesticadas, em si, realidades distantes!           
Virtualidades projetadas em caminhos mesquinhos, deveras alienantes!
Não se organizam além da vontade imposta, da verdade oculta dos ‘dominantes’!

Enquanto isso, “tudo sempre foi assim por aqui”,
Tudo continuará e nada vai mudar, nada vai evoluir,
Fica fácil da latente vontade imposta de persistir,
Agregando poder aos que nos dominam, sem resistir!

O importante é agradecer a migalha, como milagre do subsistir!
Um bom emprego, que pague, não que trabalhe, para garantir,
A comida na mesa, as contas pagas, atrasadas, o mínimo nutrir!
Porém, algo no amago da alma diz que não esta certo, e algo estar porvir!

Algo que nos ligue, religue, conecte e reconecte aos traços da existência,
Com rico sentido e amplo significado, na interpretação relacional da convivência,
Honrando a diversidade de expressão que dá riqueza a sociedade em procedência!
Ampliando e fortificando laços que construam e transformem a Consciência!

Por isso, revemos e analisemos os rumos do que escolhemos,
Como dizem os mais antigos, que plantamos e colhemos, recolhemos,
Novas mentes e corações, alcançaremos? Depende do que vemos,
E temos como experiência de que conviveremos em Paz, e que sobreviveremos!

A voracidade é tamanha que até pra extinção tudo aponta,
Agora é a hora pra despertarmos desse jogo de barata tonta,
No pensamento sistêmico, na visão ecológica em realidade se monta,
Na visão holística, onde o individualista mesquinho não se encontra!

Por isso devemos refletir por onde anda despontando nossa singularidade,
Como vamos escrevendo a história da Vida que condiciona toda sociedade.
De que postura vale mais a convivência, dentro de uma ética da responsabilidade,
Com mais segurança e liberdade, ou a competição do mercado e sua virtualidade?

Caminhos são esses, ao extremo de cada ponto justaposto,
Temos o tamanho do fundamentalismo e tanto desgosto,
Pesemos a balança na fraternidade universal com gosto,
Sem mascaras, com profundidade, com o vento no rosto!                                       

Tudo acontece quando todos querem, diz o ditado,
Sem problema se prefere o extremo de si, o intocado,
Mas não reclame do tecido social que foi condicionado,
Pelo nosso ato, enquanto parte do todo, interconectado!                                        

Mas por hora, tudo continua como de costume,
A união demora, como a decomposição do estrume,
De dentro pra fora, de baixo pra cima, tudo se aprume,
Aos poucos aflora, toda potencia que ainda nos Une!

LRCP