Tudo é muito difícil com a petulância do
individualismo,
Que não se pode confundir com
individualidade, sem “ismo”.
Laços
são feitos por dois motivos, um pelo simples egoísmo,
E
outros, muito mais consistentes e transformadores, pelo altruísmo!
A
diferença é clara! Os dois buscam interesses, próprios ou comuns!
Mas
não são separados, são em equilíbrio dinâmico, mas só para alguns.
Quem
radicaliza ao extremo dos opostos, vive dos insensíveis desjejuns,
Fragmentando
a unidade da diversidade, desconectando dos outros e mais alguns.
Se
colocar no lugar do outro, como dito da compaixão,
A
cordialidade é o nicho primordial da cooperação,
Indo além da competição supervalorizada
pela razão,
Escutando, com sensibilidade apurada, os
apelos do coração!
Mas também, não pode cegar a ação pelo
sentimentalismo dos interesses,
Só dizendo amém, dogmaticamente em prol
do grupo que te dá benesses,
Injusto com alguém, que não tenha a
mesma ‘expressão’ de seus dizeres.
É um Zé Ninguém, que é galinha condicionada
sobre a águia de seus poderes!
De tanta convicção, certeza e
verdade, são extremamente moralizantes!
Foram condicionadas, criadas e
domesticadas, em si, realidades distantes!
Virtualidades projetadas em
caminhos mesquinhos, deveras alienantes!
Não se organizam além da vontade
imposta, da verdade oculta dos ‘dominantes’!
Enquanto isso, “tudo sempre foi
assim por aqui”,
Tudo continuará e nada vai mudar,
nada vai evoluir,
Fica fácil da latente vontade
imposta de persistir,
Agregando poder aos que nos
dominam, sem resistir!
O importante é agradecer a
migalha, como milagre do subsistir!
Um bom emprego, que pague, não
que trabalhe, para garantir,
A comida na mesa, as contas
pagas, atrasadas, o mínimo nutrir!
Porém, algo no amago da alma diz
que não esta certo, e algo estar porvir!
Algo que nos ligue, religue,
conecte e reconecte aos traços da existência,
Com rico sentido e amplo
significado, na interpretação relacional da convivência,
Honrando a diversidade de
expressão que dá riqueza a sociedade em procedência!
Ampliando e fortificando laços
que construam e transformem a Consciência!
Por isso, revemos e analisemos os
rumos do que escolhemos,
Como dizem os mais antigos, que
plantamos e colhemos, recolhemos,
Novas mentes e corações, alcançaremos?
Depende do que vemos,
E temos como experiência de que
conviveremos em Paz, e que sobreviveremos!
A voracidade é tamanha que até pra
extinção tudo aponta,
Agora é a hora pra despertarmos
desse jogo de barata tonta,
No pensamento sistêmico, na visão
ecológica em realidade se monta,
Na visão holística, onde o
individualista mesquinho não se encontra!
Por isso devemos refletir por
onde anda despontando nossa singularidade,
Como vamos escrevendo a história
da Vida que condiciona toda sociedade.
De que postura vale mais a
convivência, dentro de uma ética da responsabilidade,
Com mais segurança e liberdade,
ou a competição do mercado e sua virtualidade?
Caminhos são esses, ao extremo de
cada ponto justaposto,
Temos o tamanho do
fundamentalismo e tanto desgosto,
Pesemos a balança na fraternidade
universal com gosto,
Sem mascaras, com profundidade,
com o vento no rosto!
Tudo acontece quando todos
querem, diz o ditado,
Sem problema se prefere o extremo
de si, o intocado,
Mas não reclame do tecido social
que foi condicionado,
Pelo nosso ato,
enquanto parte do todo, interconectado!
Mas por hora, tudo continua como de costume,
A
união demora, como a decomposição do estrume,
De
dentro pra fora, de baixo pra cima, tudo se aprume,
Aos
poucos aflora, toda potencia que ainda nos Une!