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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Rebanho

Rebanho

Um povo que é escravo do que fala,
Não percebe de onde vem a palavra,
No silêncio de ouro que se cala,
A prata do discurso de ódio e bala,
Instrumento da destruição que valha!

Não pensa, não aceita o diferente!
Bate no peito e se diz consciente,
Binário fundamentalista demente,
Que faz o tico ser prepotente,
e o Teco o tal polivalente!

Gado ou ovelha, todos no pasto!
Pensou diferente eles já tem asco,
Fez refletir e pensar já cai do penhasco,
Apontando todo ódio como um carrasco,
Do bem comum, pouco importa, só o fiasco!

A desumanidade é requisito para o bom moço,
Cospem asneiras em nome da corda no pescoço,
Da própria ignorância, que já chegou no osso!
Da carne dilacerada, na curva do rio o enrosco,
A projeção de si mesmo no candidato tosco!

Nestes tempos de barbárie tudo ficou claro!
Mostrou-se a verdadeira cara do falsário,
Aporofóbico, machista, racista, avaro!
Do próprio umbigo, querem o amparo,
Se perdem no velho odre querendo novo cântaro!

LRCP