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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Natal da aparência

 Natal da aparência


Do tempo que não para,

Mais uma data se repara,

Especial sempre para alma,

Da missão que deságua! 


Do Sol Nascente ao Poente,

O ciclo se faz e se aprende,

O despertar interno e ciente,

Percepção ampliada e ardente!


Se o Cristo não nasce em Ti,

Não vale a devoção em si,

Sem ter a fé Dele, é só frenesi,

Muito barulho é "só o chassi"!


Se o Sol nasceu encima no Céu,

E a Grande Obra sem o Véu,

Depende do martelo e do cinzel,

Sem aparência inocente como réu!


LRCP


terça-feira, 18 de outubro de 2022

Esnobe

 Lei morta


Pra se afirmar é só pela aparência,

Falso moralista que bate tenência,

Dos semelhantes e cada essência,

Formam redes de excrecência!


A lei é morta, ainda mais nesse lugar!

Necromantes da palavra vem evocar,

Conforme interesse particular,

A lei que o dinheiro pode pagar! 


Por conivência ou por maldade,

Inocente não existe nesse embate,

Basta escolher pela desumanidade!

A cada opção, a prisão da liberdade!


Privilegiados monopolizam a cultura!

Do poder econômico vivemos em ditadura,

Mesmo que digam que é vontade pura,

Sair dessa escravidão material da estrutura!


E por isso, quem paga é o pobre!

Que da própria classe não descobre,

Subalterno, fazendo o papel de esnobe,

Vassalo, serviçal, lacaio do tal "nobre".


Do oprimido que quer oprimir,

Do despossuído que quer possuir,

Do iludido que quer (se) iludir,

Perdido, que si mesmo não vai possuir!


E de tudo que esta ai, tenha boa sorte!

Já que tudo tem sua linha de corte,

E ninguém é dono da vida ou da morte,

E o que vai, volta ainda mais forte!


LRCP

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Vagabundeando

Vagabundeando


Do descaso dos parasitas, as coisa ruim que gravita,

Quanto pior, mais malicia, vagabundo se infiltra!

Não faz a obrigação na fita, só se esquiva, 

Acham ruim de quem agiliza, do que veste a camisa!


O pau para toda obra acham que é o cumulo!

Absurdo querer trabalhar além do discurso,

Alem das aparências de bom moço e seus abusos,

Quer a eficiência e a eficácia jogada no tumulo!


Se aqui se faz e aqui se paga, eu já duvido,

São muitos os vagabas, estão todos envolvidos,

De rabo preso, descarada, manipulam os motivos,

Não valem nada, se acham os bons do bico!


Não peça para ser insensível diante disso tudo,

Desumanidade não é invisível, o grito não é mudo!

O coração sente, perceptível, não é pedra/escudo!

O ser humano corrompível acabando com o mundo!


Cumprir com sua atribuição é demais!

Corrupção e guerra, e ainda pedem paz!

Faz o papel do lacaio, do capataz!

Fingindo e se fantasiando de bom rapaz!


Afundam o barco e colocam a culpa no outro!

É o tal do atrasa lado, na curva do rio, enrosco!

Pé de breque, comédia só deixa falha, tosco!

Na hora que o bicho pega, foge do estouro!


E desse mar que não esta para peixe,

Remando contra a corrente, me deixe!

Não quero ser só adereço ou enfeite!

De cada um, faz sua parte no feixe!


Morra de joelho ou faça a diferença!

Se venda ou mantenha a Presença,

Sustente sua força, mantenha a crença,

Fazer e acontecer é a única sentença! 


LRCP

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Complementar

 Complementar


Dos ritmos e cantos pagãos

Aos salmos e anjos cristãos,

Das liberdades pessoais como são,

Ao comunitário de toda relação!


Do contraditório e da oposição,

Contrário e além da polarização,

Que segrega sem fundamentação,

Em só dois pontos de alienação!


Da diversidade e infinitude,

Das possibilidades e solicitudes,

Das probabilidades e concretudes,

Da aprendizagem e suas magnitudes!


Dos ritos e habitos construidos,

Os povos se fazem inimigos,

Semelhantes vão se excluindo,

No milagre da Vida, vivido!


Do principio da complementariedade!

Do sentido que se tem a individualidade,

Ou perdido pela opressão da externalidade,

E sim como parte do Todo em unicidade!


Da Luz e da matéria, da particula e da onda!

O sangue na artéria, o quadrado que arredonda,

Orador com a platéia e a alienação que ronda,

Longe da panacéia, o semelhante se tromba!


Da dualidade se faz cego no fundamentalismo,

O bem que quer que seja, no puro egoismo,

Ou o mal que quer que seja, no projetismo,

E a infinita diversidade da unidade no imediatismo!


Confusão e alienação como programa,

Dominação e segregação que se proclama,

Escrevidão moderna projetada no holograma,

E o Fogo Interior apagado não se inflama! 


LRCP

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Suplício

 Suplício


Nos sufocos e apertos, cada um com seus medos,

Da cultura com os cabrestos, criada pelos apegos,

Do que foi dito nos segredos, na queda do parapeito,

E quando apontaram o dedo, julgaram só o espelho.


De si mesmo desconhecido, mais um automato vencido,

Tijolo no muro do suplicio, renegando o destino!

Na palma da mão esta escrito, o mapa do céu ou do abismo,

Que nossa vontade é principio, a liberdade do espírito!


Mas ainda carregam só a dor, estendido com rancor,

Escondido como amor, que era pra ensinar como ator,

Repetindo com esplendor, o ciclo do ódio e pavor,

No jogo do horror, lobotomizados com ardor!


Da sombra coletiva, que arrasta a massa iludida,

Marionetes vivas, sem controle da própria vida,

Drenados na necropolitica, emoções e mais feridas

Ninguém mais liga, só pensam na mesma fita!


Dinheiro, poder e ostentação, tudo vale, até exploração!

Subjugando pela ocasião, mas semelhantes sempre serão,

No direito de viver e ter pão, dignidade como padrão,

Ainda não se enxergaram no reflexo do olhar do irmão!


Eles dizem que sempre foi assim, como tudo tem um fim,

No vale tudo de você para mim, que se acenda o estopim,

Não de mim pra você que eu vim, do sangue carmesim, 

Antes o meu do que o seu sim que escorre da Torre de marfim!


LRCP

domingo, 1 de maio de 2022

Isentão

 Isentão


Olha só quem vem pagar moral,

Assalariado, trabalhador normal,

Fazendo propaganda patronal,

Se achando o benfeitor, o tal,

Alias, é colaborador, seu animal! 


Acredita que esta encima do muro,

É tão claro que pende para o escuro,

Pende pra o lado opressor do abuso,

Oprimindo e aproveitando dos rumos, 

Que a dominação vem dando ao mundo!


Mas ainda sim não entende!

Não gera emprego, se vende,

Não lucra, não paga a gente,

Se acha padrão mas é quem atende,

Migalhas gordas e se rende!


No processo politico levanta a cerca,

Se dizendo nem de direita ou esquerda,

Inconsciente para que tudo se perca,

Que a luta do trabalhador não se estabeleça,

E os prejuízos fique aos pobres e bestas!


Não existe neutralidade no posicionamento politico!

É a sociedade que vem se construindo, é cíclico!

E a desigualdade social imposta pelo poder dos ricos,

Que para cada rico milhões de pobres são exigidos!

Mas o isentão faz uma sociedade melhor, cínico!


LRCP

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Na Cruz

 Na cruz


Dos mistérios, dos segredos, do Inominável,

Eterno aprendiz, como espírito indomável.

Dos sentidos que se dão, caminhar é inevitável!

Encontra quem sabe buscar sendo implacável,

Inflexível no intento, na luta do improvável!


Seguindo as correntezas não sabe onde chegar,

Se não sente o vento, a folha vai voar,

Ergam as velas e comecem a navegar! 

Tomem a direção de si para se libertar,

Ou continuarão como paus-mandados desse mal-estar!


De geração em geração endossamos as vibrações,

O que se capta e o que transmite de ilusões,

Do que foi criado, cultuado, tem essas noções?

Somos o que somos capazes de acionar nas percepções,

Enxergar além do que é imposto e quebrar os padrões! 


Somos massas de manobra ou manobramos com as ações? 

Que ponto temos culpa de manter as ocultas intenções?

Percebe o que nos prende com todos esses grilhões?

Consumismo, individualismo, egoísmo, ostentações,

A ignorância de nem querer fazer simples reflexões!?


Respirar e perceber os sinais da Natureza,

Na terra se planta e colhe com destreza,

Emoções que a água purifica com beleza,

Do fogo que transmuta e eleva com sutileza,

Na cruz ascende o Sol que nos da clareza! 


LRCP