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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Uma visão crítica.


Uma visão crítica.

As pessoas, geralmente em palavras são altruístas, são solicitas, desejam o bem pra todo mundo. Mas afinal, o que é bem para um não é bem para outro, o que é mal para um não é mal para outro, essa questão é relativa quanto à formação de cada um. Alguns se baseiam em escrituras “sagradas”, outros em “leis judiciais”, outros ainda em “ciência”, mas quase ninguém de fato se baseia no Coração humano, na realidade, na necessidade do “Outro”, sendo o coração o órgão da qual sentimos e percebemos que não somos únicos no mundo (e se pensamos em alguém é do circulo social ou família).

Pensamos (conforme onde estão nossos pés), escutamos (conforme nossos mestres) e processamos (conforme nossa interpretação) muito sobre tudo, às vezes dando a experiência sentida legitimidade para acreditar ser o “possível” bem. Mas ainda sim, temos a moralidade sempre como referencia nos julgamentos. È como dizem, se as pessoas realmente quisessem o bem próprio mais que a desgraça do outro, mais que o foco na desgraça do outro, teríamos uma ótima convivência e por consequência uma vida melhor. As pessoas vivem acreditando que o bem vai vir de algum lugar, de algum ponto fora de si mesmo, acreditam que o padre, o governo, a televisão, as leis, os doutores, os “ricos” farão algo, estamos acostumados ao assistencialismo paternalista, que é escravagista. Mas só esperam algo novo para se submeterem e se ajoelharem novamente. E enquanto isso, tudo prospera muito bem, assim caminha a Humanidade, como muitos dos vitimista dizem; “poderia ser pior, fique quieto”. Pois é, ficaremos quietos mais uma vez, quem sabe nas próximas gerações eles tenham uma consciência maior de que cada um tem uma força e juntos fazemos as mudanças. Que tudo isso só existe pela cooperação e não a competição, que só vivemos pela partilha não pelo acumulo individual...

Mas enfim, como diz o sábio; ninguém pode mudar ninguém, apenas a si mesmo. E às vezes as sintonias da quais estamos conectados parecem ser a melhor do mundo, e disso reside um erro fatal chamado “fundamentalismo”, um bom exemplo disso são os religiosos do Oriente Médio, lá eles te matam se vc disser que o Alcorão não vale nada. E aqui, muitos se fecham na própria cultura achando que o certo é o que eles acham certo e o resto deve ser combatido e excluído, pois é a “salvação do mundo”... Temos que ter as mentes abertas, sensível ao que diz o coração. Mas não podemos confundir com sentimentalismo, onde reside outro erro fatal, seja pelo fato instintivo de agir como um animal irracional quando se sente ameaçado. Deve existir um equilíbrio entre um e outro, uma síntese que nasce para evoluirmos a nós mesmo, pois só assim podermos “amar o próximo”.

Temos que ter o cuidado de não embasar o que já está invertido, como no caso os valores essenciais. Temos que nos perguntar e nos questionar das coisas, mas muitos são pagos para não pensar, apenas são pagos, o que também não é culpa própria, pois o mundo hoje só funciona através da sobrevivência, da remuneração e da luta de classe entre o fidedigno patrão/empregado. Como diria o velho Marx, “o trabalho é a essência do homem”, mas quando este se torna apenas um mercadoria com preço, se auto aliena, mas claro que é alienado antes, assim fazendo apenas o papel de uma maquina no processo produtivo das riquezas. Estamos constantemente em atividade (trabalho), os animais constroem suas moradas, caçam seus alimentos, trabalham! E nós, somos transformados em simples peças no maquinário produtivo de riqueza. Somos mesmos pagos para calar e resignar, para enriquecer o patrão! Certa vez eu escutei de um ente querido a seguinte frase; “quem não trabalha, não tem dinheiro”, no ato fiquei sem reação pela falta de sensibilidade desde ente, pois a pessoa quem disse ganhava ou ganha não sei ao certo, acima de 8 (oito) salários mínimos. Quer dizer, quando no começo trabalhava por um salário, para comprar seus bens de consumo, era digníssima atitude e atividade. Mas eu me pergunto quem pagava as contas mensais da casa da qual residia? Quem comprava o alimento que a alimentava? Pois, então não tinha gasto nenhum... Se ao menos tivesse um pingo de Humanismo, um pingo de Coração saberia que pessoas sobrevivem com isso, agradecem por isso, pagam suas contas mensais, compram seus alimentos e ainda assim nunca tem dinheiro para nada além da ração da qual nos oferecem, e que ainda temos que agradecer aos Céus! Olha, quero estar vivo quando o povo se der conta dessa realidade exploradora da qual vivemos.

O problema não é o trabalho, não é o dinheiro, o problema reside nas raízes, e estas são de fato ocultadas pela cultura dominante, vemos na televisão que o bonito é ter “status quo”, que o digno é ser como o padrão novelesco, que tudo esta uma maravilha, mas apenas se a submissão da grande maioria dominada permitir. Não discutem democracia, não discutem economia, não discutem nada que possa balançar as estruturas que nos dominam há séculos! Discutem sim, futebol, novelinha, propagandas que ditam o que comprar o que vestir, qual droga devemos usar, qual padrão de certo ou errado devemos nos ajoelhar. E o pior, quanto tenta discutir assuntos “sérios”, fazem de tudo para seguir o padrão dos poderosos, pois eles que nos dominam bovinamente! É, mas vai fazer o que, muitos dizem...

Se não quer lutar, se quer ser cumplice, se quer resignação, não atrapalhe viva sua Vida e deixa as dos outros em Paz. Ficam ai, achando que a culpa é do outro que não se parece com você, no que se faz, pensa e sente, mas na hora de mudar algo é o primeiro a arreganhar ao sistema corrupto e também o ser. Por isso, deixem de serem falsos moralistas, cuidem das vossas vidas, que já vai ajudar muito! E cuidado, pois que atire a primeira pedra quem nunca errou, pois afinal, nem o mito principal das religiões judaicas, que eu tenho uma afinidade, agradou todo mundo, veio para esse mundo para lutar contra o poder estabelecido de Cézar, que hoje se compara aos falsos profetas, Igrejas, Estados, Corporações, etc.! 

Leonardo RCP.

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